quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Atlética Psicologia - UNAERP

Fala ae meus queridos, tudo beleza?

Como sempre, de mês (ou seriam meses?) em mês eu apareço por aqui para atualizar o blog.
O trabalho, dessa vez, foi para a recém-formada Atlética de Psicologia aqui da Universidade de Ribeirão Preto.

Primeiramente gostaria de agradecer a minha amiga marombeira Bianca Rustiguelli por ter me indicado para criar o mascote. Levo fé que a Atlética de vocês vai ser grande se continuarem a levar a sério o trabalho, como o estão fazendo até o momento.

Hello buddies. Welcome back to the blog with the most amount of posts per month (lol).
This job/character was created for the academic group of Psychology of my university - University of Ribeirão Preto. The concept behind it was the idea of create a Boar with Greek ornaments, since the symbol of the Psychology is a greek letter.
Hope you like it and, in case of any doubt, just post it here and I'll answer as fast as I can. Just remember that the Translation Tool is active on the right of your screen.

Bom galera, como sempre, vamos começar pelo pedido:
O briefing era que se criasse um Javali seguindo o tradicional mascote forte/bombado e com cara de mau.








Tentei um foco maior no rosto ou um pose mais dinâmica:






Por fim, eles gostaram da ideia do símbolo da Psicologia como uma arma, o tridente. Pediram se eu poderia fazer uma nova pose, levantando um pouco mais o tridente; e com o rosto do esboço 4.




Depois de alguma discussão, o esboço número 8 foi o escolhido. Consideramos que o número 9, com dois tridentes, ficou muito "pesado".
Bom, a partir disso, partimos para o processo de coloração. Toda Atlética possui, em seu Estatuto, as cores de seus mascotes, visando manter a unidade visual. As cores deles são o grená com o amarelo intenso puxado para o dourado. São boas cores para se trabalhar - inclusive, próximas das cores da Atlética Casa Sete (trabalho anterior a esse).
E assim partimos para a próxima etapa:



Note como a dificuldade começa a surgir aqui: eu tenho duas cores que funcionam bem, mas me falta uma cor neutra para suavizar o impacto visual. Eu já começava a enxergar problemas quando fosse inserir a tipografia, afinal, minha única opção era repeti-la em grená, o que deixaria tudo muito carregado. Fiz um teste:


Uma primeira solução foi sair do círculo padrão de mascotes: talvez tentar deixá-lo mais artístico. A pedido deles, o segundo mascote está com o tridente maior - o que ficou bem melhor, aliás. Até tentei encaixar um pequeno olho amarelo no primeiro esboço, mas não teve jeito: o conflito entre as duas cores era evidente.
Depois disso, a Bianca me sugeriu que fizesse o círculo vazado tradicional, e que tentasse esboçar o Javali em marrom para ver como ficava. Seguimos:


A ideia do marrom pareceu boa a princípio, mas o marrom é uma cor complicada e que eu tenho uma rixa pessoal: ele não é nem claro, nem escuro. Nem "vivo", nem "morto". É um das cores mais complicadas de se trabalhar, e mesmo quando se usa uma cor complementar (entre azul e violeta), a harmonia custa a aparecer.
Bem, o que mais os agradou foi o segundo, seguindo o círculo tradicional. Continuamos:


Aqui eu já comecei a explorar uma tipografia em negrito, para dar um peso maior na parte escrita, que estava perdendo muito, hierarquicamente falando, para o mascote em si. O segundo (hahahahaha) foi uma ideia deles de tentar desenhar "pelos" em tons de amarelo no peito, talvez buscando uma unidade de cor com o tridente e o círculo. Falhamos, hahahaha.
Nesta altura, resolveram voltar para a ideia do marrom e ver como ficaria trocar tudo que estava em grená pela nova cor:


Foi ai que tive a ideia de fazer uns detalhes simulando ouro nas letras - que, em termos de tipografia, já haviam sido aprovadas por eles - e que acabou sendo um acabamento legal. Contudo, no primero esboço, é evidente que tudo estava muito marrom. O contraste era bom, mas a cor não.
Foi quando tive uma sacada: já que eles gostaram do marrom, poderíamos inserir detalhes em grená e modificar o círculo também para grená, que era a cor que chegava mais próxima de harmonizar com o marrom do Javali. Como o símbolo da Psicologia é uma letra grega, que já estava transformada em um tridente, pensei em criar uns braceletes nos moldes daqueles usados pelos guerreiros da Antiguidade. Eles gostaram bastante da ideia (segundo esboço da imagem acima).
Maaaaaaaaaaaas, esse marrom ainda tava me incomodando. Foi então que pensei: vou trocar esse marrom por uma cor neutra, ai vou chegar onde eu quero. Sugeri, aproveitando a ideia, de criar aquele tecido (não sei o nome exato) que os gregos usavam, que passa pelo peito e cobre somente um dos ombros. Prossegui:



Esse foi o resultado final. O cinza deu um tom neutro, como eu previa, além de lembrar um prateado quando somado aos efeitos de luz e sombra da cor. Ouro e prata no mesmo mascote - ai sim estava tudo ok, hahahaha.
Inseri uns detalhes dourados nos braceletes e em uma insígnia presa a vestimenta, na altura do pescoço.
Os votos foram unanimes: o mascote cinza era o escolhido.
A arte final ficou assim:


Espero que tenham gostado.
Qualquer dúvida, é só postar nos comentários.
Para quem ainda não me adicionou, procura lá no Facebook: André Kettelhut.

Abraço a todos e boa semana! :)
















terça-feira, 11 de agosto de 2015

Logotipo Atlética Casa Sete


Fala meus queridos, tudo beleza?
Desisti de tentar manter uma frequência de posts, então desculpem aos que visitam a página em busca de conteúdo diário ou semanal - prometo que algum dia eu consigo essa façanha.

Somente um adendo: o blog está recebendo visitas modestas de alguns lugares da Europa e dos Estados Unidos, portanto irei fazer um resumo breve, em inglês, do conteúdo que o post irá desenvolver (apesar de eu já ter habilitado a ferramenta de tradução aqui no blog). Será assim de agora até para sempre, hahahaha!

Hello dear fellows. It's the first time that I do the translation of my posts; first because the main accesses that I receive here are from my own country (Brazil), and second because I've enabled the Translation Tool in the right of the page.
It's a pleasure to see that I'm receiving accesses from another countries. Unfortunately, I can't translate all the post because it's too long, so I'm hoping that the Tool fulfill this duty for me as good as it can.
This job is a logotype made for an university group, very alike the teams of american colleges - they do parties, have groups of sports, etc.
Since I'm a free lancer graphic designer, I do like to post all the steps of the process, so people - like me - who are curious about how it works and how's to deal with clients, get more in about it. I tell all the way, from the brainstorm, to color picking, typography selection and some principles of Graphic Design.
Any question (or problem with the translation), feel free to add me at facebook (André Kettelhut) or post here.

Hope you guys like it.


Bom, como de costume, inicio o post agradecendo aos responsáveis para que o projeto fosse bem sucedido: ao presidente da Atlética de Direito da USP aqui de Ribeirão Preto, Gabriel Jardim, que me contatou em primeiro momento, e ao Rodrigo Sanzovo, que acompanhou o processo desde o começo, me passando os feedbacks necessários.

E agora vamos falar especificamente de como tudo se desenrolou.

A princípio, haviam algumas referências que foram filtradas em uma única ideal (infelizmente não consegui achar a página que contém o logo aqui na internet, então vou postar um print do Google Imagens - logo, a qualidade está um pouco ruim):


O pedido, inicialmente, era que eu me utilizasse de um estilo minimalista e que não fugisse muito de focar só o rosto do mascote deles. Como eu não sou acostumado a receber pedidos minimalistas, confesso que os primeiros esboços passaram um pouco longe de ser o que eles queriam, hahahaha:


Observem que até cogitei usar o princípio de "espaço negativo", parte da Gestalt. Contudo, me disseram que gostariam de traços mais retos, evitando o aspecto orgânico do animal em busca de torná-lo um pouco mais "artificial/simétrico".


É interessante que, nesses primeiros momentos, eu estava priorizando o animal dentro de algum tipo de brasão ou área que o delimitasse. Ah! E as cores (tanto do começo até a parte final) foram sugeridas por eles (geralmente é assim, mas existem casos em que o designer é convidado a opinar/sugerir).

O feedback foi para que eu simplificasse ainda mais o touro.
Seguimos:


Reparem que alguns ficaram muito viajados, mas essa parte dos sketches é exatamente para isso: buscar soluções das formas mais variadas possíveis. Lembre-se que o teu cliente tem um gosto que  você supostamente não sabe; logo, trabalhe dentro das possibilidades mínimas sugeridas por ele.

Foi então que eu resolvi aplicar drasticamente a ideia deles de "linhas mais retas", hahaha:


Trabalhar com espaços negativos pode parecer fácil, mas é exatamente o contrário - em determinados momentos você chega a tornar a figura abstrata de tantos detalhes que são omitidos/deletados, e não é isso que se procura (pelo menos nesse briefing). Nessa etapa, eu optei por tentar trazer o rosto do animal para uma postura reta, de frente, atingindo assim a perfeita simetria.

Lembra dos posts passados em que eu comentei que muitas vezes faz-se um trabalho por dias e dias, e no final não é nada daquilo que o cliente pediu? Pois bem, esse foi o caso e essa é a vida do freelancer, hahahaha. O feedback que recebi foi para que eu voltasse para a referência original e traçasse algo fielmente a ela, buscando modificações somente depois de tê-la imitado. E assim foi feito:


A proximidade com a original é evidente. Salve quatro detalhes (o rosto ter passado para uma posição mais de perfil, o brinco no nariz, o adição da linha curva na bochecha direita, e a simplificação do brasão que envolve o mascote), essa etapa foi simplesmente vetorizar o logotipo existente da referência e diferenciá-lo, assim como o cliente queria.

Gerei três modelos para eles terem uma ideia de como ficaria com ou sem o brinco nas narinas, além da aplicação de um leve degradê nas partes que tendem ao roxo (no central e o da direita):


A partir dai, chegamos a conclusão de que o touro estava consideravelmente diferente quando extraímos a ideia de um brasão limitador, deixando a escrita criar a noção de uma área com essa característica. Surgiram modelos que ainda possuíam um escudo (mesmo que vazado) e modelos sem o mesmo.
Nessa parte, também iniciei os testes tipográficos:


A partir dai, criei versões com variações de espessura de contorno, bem como dei uma atenção maior aos olhos. Os esboços do canto inferior direito foram um pedido do Rodrigo, que queria ver como os novos tons iriam integrar-se com o mascote. Particularmente achei a ideia muito boa:


A nova cor agradou mais do que a antiga; partindo do penúltimo touro da imagem acima, ou do touro central-esquerdo da imagem abaixo, havíamos escolhido o modelo final do mascote.
Posteriormente, aumentei  os detalhes dourados - a pedido do Rodrigo - dos chifres e adicionei um preenchimento a orelha esquerda, buscando a simetria (em caso de dúvidas, é o maior da direita, hahaha):


Apesar do teste, eles acabaram fechando o mascote da esquerda:


E assim chegamos ao fim desse longo post.
Novamente, gostaria de agradecer a Atlética Casa Sete pela oportunidade e confiança em meu trabalho, e também a Atlética de Educação Física (que inclusive foi quem me recomendou).
Como de costume, aos que se interessarem por coisas mais específicas, como a teoria por trás do processo, sintam-se a vontade para comentar ou para me adicionar no Facebook: André Kettelhut.

Obrigado pela atenção, manoulos!
Uma boa noite e uma boa semana para todos.

domingo, 19 de abril de 2015

Cartão de apresentação - Vivian Canteli


E ai galera, tudo beleza com vocês? Domingão com chuva. Ai fica difícil render mesmo, hahahaha!

Vim trazer um freelancer que fiz já faz dois meses e pouco. Ela (Vivian) concluiu recentemente o curso de maquiagem profissional e design de sobrancelhas e queria um cartão para se apresentar e também para deixar nos estabelecimentos que são frequentados por clientes potenciais.

Eis os dois modelos que propus:








Inicialmente, o modelo preto me pareceu mais belo e chique de ser apresentado. Contudo, depois de olhar algumas aplicações, vi que não seria a melhor opção. O branco dava muito mais liberdade para a arte, além de realçar as cores da tipografia, enquanto o preto parecia "segurá-la".
Notem que a dúvida ficou por conta de o nome dela estar em uma fonte mais séria ou em uma fonte script, além da posição do olho no cartão.
Por fim, a arte final foi essa:




Caso os mais iniciantes não saibam como fazer esse efeito de degradê para a transparência que eu utilizei na imagem do olho fechado, é um simples degradê de branco para o preto (centro para bordas) em overlay (se não me engano esse blend mode chama-se Sobrepor nas versões em português do Photoshop).

Então é isso, gente. Espero que tenham gostado da arte.
Até uma próxima e bom domingo para todos.

segunda-feira, 30 de março de 2015

De volta. Firme e forte! :)

Fala meus queridos, tudo bem?
Poderia começar já jogando mil e uma desculpas sobre minha ausência monumental de meses, porém a verdade é uma: eu simplesmente abandonei o blog.
Questão complicada. Estava naquilo de trabalho, faculdade, freelancer, faculdade. Ai nas horas vagas me lembrava do blog. Ficava naquela de "nossa, faz tempo que não o atualizo. Tenho que postar alguma coisa". Mas aquela história de ir deixando para depois sempre vence, né? Hahahaha!
Geralmente ausências assim são originadas por falta de trabalho de qualidade para ser postado. Contudo, esse não foi o caso. Fiz vários trabalhos ai nesses meses que se passaram, tanto freelas quanto por hobbie.

Enfim, vamos ao que interessa. Primeiramente, gostaria de agradecer ao Murilo, presidente da Atlética de Educação Física da USP aqui de Ribeirão Preto, por confiar no meu trabalho. Também fica registrado meu agradecimento ao amigo de longa data lá de Pirassununga, Bobs, que também faz Educa aqui em RP e que foi a pessoa responsável por me indicar para esse trabalho. Valeu, meninão!

Dito isso, vamos para o processo.
Tudo ficou decidido em um reunião bem informal algumas semanas antes, onde o Murilo me passou as informações sobre como ele gostaria que fosse o mascote. É sabido que cada Atlética tem seu animal, que, no caso da Educação Física de Ribeirão Preto, é um tigre branco. No começo pensei que seria complicado no sentido que a ausência de pigmentos poderia deixar a arte final muito preta-e-branca. Porém, essa preocupação seria tratada mais para frente. Seguindo  alguns modelos encontrados na internet e de outras faculdades que eu conheço, iniciei os primeiros esboços:

Esse primeiro modelo foi uma tentativa de já sair um pouco dos padrões simétricos de mascotes. Contudo, é exatamente isso que também o torna uma opção pouco provável de ser escolhida.

Quem se lembra do Hobbes, do "Calvin and Hobbes"? Hahahaha.

Esse foi pensado aos moldes do macoste da Sucrilhos® Kellogg's.


Aqui uma nova ideia me veio a mente e passei a utilizá-la nos esboços seguintes. Fazer o tigre transgredir o espaço interno do círculo, como se estivesse se projetando para fora da arte.


Uma tentativa de isolar somente o rosto.



Aqui eu dei por encerrado o processo de sketches iniciais.  
Após enviados para ele, eles se reuniram e escolheram quais mais gostaram e as modificações que deveriam ser feitas. O feedback foi o seguinte: Três artes escolhidas - o corpo do tigre 8 com o rosto do 7; o corpo do tigre 5 com o rosto do 9; e o tigre 3 inteiramente de frente, ao invés de um ângulo 3/4".
Deram-se as mudanças requisitadas:





Após finalizados, os enviei e aguardei pela escolha da arte final. Enquanto isso, fui pesquisando os tipos de fonte que eles gostariam e como o nome do curso e da instituição de ensino estariam dispostos no logotipo, pois existem brasões que abreviam os nomes (ex. AAAVB - Educa - USP) e outros que preferem a informação completa (ex. Associação Atlética Acadêmica Valdir Barbanti -   Educação Física - USP). E esse tipo de informação faz muita diferença, porque se o tipo de informação que eles optarem for a completa, a tipografia não pode ser bold (negrita), pois o peso das letras vai impedir a curvatura total do arco na hora de distorcer as letras para que se encaixem na área da esfera.
Quando o feedback do tigre escolhido veio, era hora de testar as tipografias.
E assim prosseguimos:







Notem que várias opções foram dadas a eles. Desde fontes semibolds até fontes decorativas.
Segundo o feedback do Murilo, eles preferiram a escrita mais simples, com os nomes abreviados (em cima "A.A.A.V.B" e embaixo "Educa - USP - RP". Além disso, também disseram que gostaram mais da tipografia semibold.
Agora sim era o momento de colorir e finalizar a arte.


Talvez uma dúvida surja quanto a eu ter deixando duas imagens finais. Bem, pensando que a qualidade gráfica e o tamanho da impressão influenciam fortemente o resultado final, eu simplesmente tirei o excesso de detalhes e fiz uma versão simples da arte final.  Como se pode notar, a complexa está com efeitos nas listras pretas do tigre, além de degradês nos olhos e orelhas. Esses tipos de detalhes se perdem se o trabalho for impresso em tamanho muito reduzido (como em broches ou canecas, por exemplo); portanto, nesses casos, o mais viável seria utilizar a arte simples, com suas cores chapadas, que mantém o mascote reconhecível e diminui a chance de se ter algum problema.

Dito isso, meus amigos, me despeço dos senhores. Espero vir aqui pelo menos uma vez por semana trazer algum trabalho novo.
Lembrando que qualquer dúvida é só me adicionar no Facebook (André Kettelhut) ou deixar seu comentário aqui embaixo, ok? Respondo sempre que tiver um tempo livre.

Um abraço e uma boa noite a todos.